“A arte seria desnecessária se o mundo fosse perfeito
O homem não procuraria a harmonia
Apenas viveria nela.”
sexta-feira, 17 de outubro de 2008
segunda-feira, 13 de outubro de 2008
PAIXÃO
De vez em quando Deus me tira a poesia.
Olho pedra, vejo pedra mesmo.
O mundo, cheio de departamentos,
não é a bola bonita
caminhando solta no espaço.
Eu fico feia, olhando espelhos com provocação, batendo a escova com força nos cabelos, sujeita à crença em presságios.
(...)
(ADÉLIA PRADO, 1991. p.199)
Olho pedra, vejo pedra mesmo.
O mundo, cheio de departamentos,
não é a bola bonita
caminhando solta no espaço.
Eu fico feia, olhando espelhos com provocação, batendo a escova com força nos cabelos, sujeita à crença em presságios.
(...)
(ADÉLIA PRADO, 1991. p.199)
quinta-feira, 9 de outubro de 2008
O Niilismo por F.Z.F.
Eu nunca fui. Existia materialmente. Fazia o que definiram que eu deveria fazer. Seguia o curso do rio comum, águas límpidas, águas poluídas. E eu nas suas ondas a navegar, sem saber para onde, sem saber quando. Isolado no meio da multidão que também caminhava às cegas. Um enorme rebanho que nada sabe. Um enorme rebanho que tem medo de saber. (FERNANDO ZURITA FERNANDES, O pequeno dragão dourado, 2001, p.44)
quarta-feira, 1 de outubro de 2008
No dia em que despertei
dri dezotti
No dia em que despertei
Senti dor
Meus olhos doeram com a luz
Minhas pernas doíam por falta de movimento
A base de minhas asas também doíam
por ter ficado tanto tempo sem voar.
No dia em que despertei
Confundi dor com saudade
Luz com cegueira
E senti medo da liberdade
No dia em que despertei
Seu rosto se desfez
Diante de meus olhos
Virou papier machê
De um teatro de fantoches
Dos contos de fadas
Injetados por minha vó em meu cérebro
No dia em que despertei
Percebi que só tinha sobrado
O que sempre tinha sido:
Uma quantidade enorme de “amor pra dar”
Transbordando em meu peito
Desde sempre e sempre mais.
No dia em que despertei
Senti dor
Meus olhos doeram com a luz
Minhas pernas doíam por falta de movimento
A base de minhas asas também doíam
por ter ficado tanto tempo sem voar.
No dia em que despertei
Confundi dor com saudade
Luz com cegueira
E senti medo da liberdade
No dia em que despertei
Seu rosto se desfez
Diante de meus olhos
Virou papier machê
De um teatro de fantoches
Dos contos de fadas
Injetados por minha vó em meu cérebro
No dia em que despertei
Percebi que só tinha sobrado
O que sempre tinha sido:
Uma quantidade enorme de “amor pra dar”
Transbordando em meu peito
Desde sempre e sempre mais.
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