de sonho em sonho,
resolvi acordar
acordar pra vida
acordar e cantar
3 X 0 em breve no ar!
minha lucidez será registrada em:
O despertar de Alamanda
http://odespertardealamanda.blogspot.com/
quando estiver sonhando, delirando, enlouquecendo
voltarei pra cá
onde está a loucura?
o que é lucidez?
o sábio chinês sonhou que era uma borboleta
acordou e não sabia se era um sabio chinês que tinha sonhado ser uma borboleta
ou uma borboleta sonhando que era um sábio chinês
Raul Seixas, eternamente Raul...
domingo, 16 de agosto de 2009
quinta-feira, 6 de agosto de 2009
azul de céu/mar
que lugar é esse que não é terra e nem é mar
que lugar é esse que me encontra
onde me encontro
pra depois me afastar?
é um lugar em mim?
é um lugar assim
beira de mar
praia
areia
cheiro de sal
onda
sereia
onda estoura
cabeça acalma
corpo sossega
e sustenta a alma
alma errante
perdida
a vagar
em terra firme
aprendo a ser mar.
que lugar é esse que me encontra
onde me encontro
pra depois me afastar?
é um lugar em mim?
é um lugar assim
beira de mar
praia
areia
cheiro de sal
onda
sereia
onda estoura
cabeça acalma
corpo sossega
e sustenta a alma
alma errante
perdida
a vagar
em terra firme
aprendo a ser mar.
terça-feira, 4 de agosto de 2009
Apenas apanhei à beira mar... um taxi!
brumas e areias
ondas e mareias
chuviscos e mormaços
crianças como anjos leves
com a maré
viram capetas levados
pra voltar a ser
divertidas como palhaços
transmutando idéias
feito abelhas em colméias
depurando dores e cansaços
a maré muda
e mudo eu
num devir/sei lá o quê
hoje tô aki.
e amanhã, cadê?
ondas e mareias
chuviscos e mormaços
crianças como anjos leves
com a maré
viram capetas levados
pra voltar a ser
divertidas como palhaços
transmutando idéias
feito abelhas em colméias
depurando dores e cansaços
a maré muda
e mudo eu
num devir/sei lá o quê
hoje tô aki.
e amanhã, cadê?
segunda-feira, 3 de agosto de 2009
houve um tempo...
houve um tempo
em que se podia visitar o inferno
como se visita um museu
você pagava um certo preço
entrava
espiava
e voltava pra casa amedrontado
e tranquilo
hoje não.
a bilheteria fechou
não há mais guias turísticos
é enfiar a cara para espiar
e ser sugado pelo enxofre
dos abismos em labaredas
hoje em dia
não dá mais pra se dar ao luxo
de dar uma desencanada
e sair falando o que bem entender
revidando como bem julgar
se enraivecendo
esperando que mais tarde irá passar
hoje tudo volta rápido
tudo se reverte em consequências fatais
qualquer mais ou menos
já se reverte em demais
hoje não tem mais
nem menos
só tem
seus atos
suas palavras
e faça o que conseguir
com a consciência
"que Deus lhe deu"
não a Má
tampouco a Boa
mas a potência
de seus atos
e palavras
multiplicadas
pela força deles
e mais a força de quem recebe
tudo isso é sério
tudo isso é vida
hoje em dia
neste planeta
que dizia Azul.
em que se podia visitar o inferno
como se visita um museu
você pagava um certo preço
entrava
espiava
e voltava pra casa amedrontado
e tranquilo
hoje não.
a bilheteria fechou
não há mais guias turísticos
é enfiar a cara para espiar
e ser sugado pelo enxofre
dos abismos em labaredas
hoje em dia
não dá mais pra se dar ao luxo
de dar uma desencanada
e sair falando o que bem entender
revidando como bem julgar
se enraivecendo
esperando que mais tarde irá passar
hoje tudo volta rápido
tudo se reverte em consequências fatais
qualquer mais ou menos
já se reverte em demais
hoje não tem mais
nem menos
só tem
seus atos
suas palavras
e faça o que conseguir
com a consciência
"que Deus lhe deu"
não a Má
tampouco a Boa
mas a potência
de seus atos
e palavras
multiplicadas
pela força deles
e mais a força de quem recebe
tudo isso é sério
tudo isso é vida
hoje em dia
neste planeta
que dizia Azul.
terça-feira, 28 de julho de 2009
sob pressão
de tão cheia
sigo vazia
um transbordamento contínuo
de algo que não se revelou
de tão vazia
sigo cheia
um vácuo tremulante
feito motor de popa
óleo diesel
rastro n'água
paisagem na borda
de tão nada
estremeço de tudo
e nem sei dizer
pois
se soubesse
já não o seria.
sigo vazia
um transbordamento contínuo
de algo que não se revelou
de tão vazia
sigo cheia
um vácuo tremulante
feito motor de popa
óleo diesel
rastro n'água
paisagem na borda
de tão nada
estremeço de tudo
e nem sei dizer
pois
se soubesse
já não o seria.
quinta-feira, 23 de julho de 2009
véu de seda
brisa leve
véu de seda
pétala de rosa branca
um fio
uma membrana
bolha de sabão
um nada
que separa
que quase rompe
mas resiste
ao denso
ao fogo
à ira
à agitação
azul
pálido
pluma
algodão
etéreo
volátil
voando
transmutando a dor
a vida
a terra
aéreo
leve
livre
se instalou
assim
sem mais
nem menos
aqui.
véu de seda
pétala de rosa branca
um fio
uma membrana
bolha de sabão
um nada
que separa
que quase rompe
mas resiste
ao denso
ao fogo
à ira
à agitação
azul
pálido
pluma
algodão
etéreo
volátil
voando
transmutando a dor
a vida
a terra
aéreo
leve
livre
se instalou
assim
sem mais
nem menos
aqui.
segunda-feira, 20 de julho de 2009
imagem congelada
bote de madeira preso com corda em pau beira-rio
borboleta pousada, mexendo levemente as asas
mosca morta em copo de leite
poça d'água morna em sol do meio dia
cortina na janela sem vento
carro quebrado com galinhas dentro
cabeça parou
junto com a notícia
da morte do Igor,
tio Igor, Igor monster
menino amigo
assassinado,
por outro menino
menino que vi nascer
menino-monstro
filho do erro
cabeça parou
coração também
ficou a dor
o medo
a dó do pai
a dó do mundo
e a vontade imensa
de sair daki
correndo com meu filho
escondê-lo numa caverna em São Thomé
num apê em Londres
numa cabana na Patagônia
até o mundo prestar de novo
mas será que um dia
ainda presta?
desalento
cansaço
desencanto
é tudo que me resta.
borboleta pousada, mexendo levemente as asas
mosca morta em copo de leite
poça d'água morna em sol do meio dia
cortina na janela sem vento
carro quebrado com galinhas dentro
cabeça parou
junto com a notícia
da morte do Igor,
tio Igor, Igor monster
menino amigo
assassinado,
por outro menino
menino que vi nascer
menino-monstro
filho do erro
cabeça parou
coração também
ficou a dor
o medo
a dó do pai
a dó do mundo
e a vontade imensa
de sair daki
correndo com meu filho
escondê-lo numa caverna em São Thomé
num apê em Londres
numa cabana na Patagônia
até o mundo prestar de novo
mas será que um dia
ainda presta?
desalento
cansaço
desencanto
é tudo que me resta.
domingo, 19 de julho de 2009
quereres, somente quereres...
só queria não pensar
assim
só fazer
lavar roupa, passar,
costurar, cozinhar
arrumar a casa
feito mulher
não quero te dominar
nem ser dominada
só queria que o domínio
fosse palavra apagada
das bocas e relações
não quero te esperar
nem quero te querer
só queria, sem pensar
sentir, o quanto é bom te ter
te ter como o ar
e o céu
e o som
te ter como se tem
sono oufome
te ter
sem te possuir
queria nunca mais te ver
acho que vou quebrar o espelho
pois me vendo
te vejo sempre
assim como o sangue é vermelho
queria não mais querer
e viver assim a errar
e errando
eu acertaria
um jeito novo de te amar
assim
só fazer
lavar roupa, passar,
costurar, cozinhar
arrumar a casa
feito mulher
não quero te dominar
nem ser dominada
só queria que o domínio
fosse palavra apagada
das bocas e relações
não quero te esperar
nem quero te querer
só queria, sem pensar
sentir, o quanto é bom te ter
te ter como o ar
e o céu
e o som
te ter como se tem
sono oufome
te ter
sem te possuir
queria nunca mais te ver
acho que vou quebrar o espelho
pois me vendo
te vejo sempre
assim como o sangue é vermelho
queria não mais querer
e viver assim a errar
e errando
eu acertaria
um jeito novo de te amar
sábado, 18 de julho de 2009
Estações
o inverno se faz verão
neste sábado de pássaros
ventos
e fumaças
no meu peito
a mágoa se faz perdão
o lamento se faz canção
e o carrossel da vida
que tinha virado montanha russa
se faz passeio de bicicleta
banho de mar
balanço de jardim
mesa de bar
cerveja com aipim
os problemas viram peça de museu
e tudo que eu quero
é ter você
e continuar a ser eu
você assim
distantemente perto
cativamente liberto
fechadamente aberto
pois só assim posso esticar minhas asas
alçar meu vôo de ave solitária
pra depois pousar em seus braços
sem cansaço
sem saudade
sem lembranças
nem idade
neste sábado de pássaros
ventos
e fumaças
no meu peito
a mágoa se faz perdão
o lamento se faz canção
e o carrossel da vida
que tinha virado montanha russa
se faz passeio de bicicleta
banho de mar
balanço de jardim
mesa de bar
cerveja com aipim
os problemas viram peça de museu
e tudo que eu quero
é ter você
e continuar a ser eu
você assim
distantemente perto
cativamente liberto
fechadamente aberto
pois só assim posso esticar minhas asas
alçar meu vôo de ave solitária
pra depois pousar em seus braços
sem cansaço
sem saudade
sem lembranças
nem idade
estranho preenchimento que me esvazia...
na cabeça um motor
no corpo o torpor
nas mãos braços ombros: dor
no coração um grande amor
eu que era múltipla
que era errante
que era safa
e decidida
me vejo aqui
tonta
parada
atordoada
perdida
na mesma estação
esperando um trem
que passa sem me pegar
cadê eu?
tô aqui
antes é que eu não tava
o amor chegou
não perguntou
e se eu respondi
não ouviu
não quer saber
já se instalou
e eu aqui
assim
lutando em vão
pra dominar a nau
de meu coração
nômade deleuziana
(a que não sai do lugar)
transcendendo a imanência
tirando máscaras
rompendo a aparência
(oxalá ainda me reste
um pouco de decência...)
no corpo o torpor
nas mãos braços ombros: dor
no coração um grande amor
eu que era múltipla
que era errante
que era safa
e decidida
me vejo aqui
tonta
parada
atordoada
perdida
na mesma estação
esperando um trem
que passa sem me pegar
cadê eu?
tô aqui
antes é que eu não tava
o amor chegou
não perguntou
e se eu respondi
não ouviu
não quer saber
já se instalou
e eu aqui
assim
lutando em vão
pra dominar a nau
de meu coração
nômade deleuziana
(a que não sai do lugar)
transcendendo a imanência
tirando máscaras
rompendo a aparência
(oxalá ainda me reste
um pouco de decência...)
sexta-feira, 17 de julho de 2009
Sob medida
http://www.youtube.com/watch?v=K6c9KosEut4
Chico Buarque
se você crê em Deus
erga as mãos para os céus e agradeça
quando me conquistou
sem querer acertou na cabeça
eu sou tua alma gêmea,
sou tua fêmea, teu par, tua irmã
eu sou teu incesto
sou igual à você, eu nasci pra você
eu não presto, eu não presto
traiçoeira e vulgar
sou sem nome e sem lar
sou aquela
eu sou filha da rua
eu sou cria da sua costela
sou bandida, sou solta na vida
e sob medida pros carinhos teus
meu amigo
se ajeite comigo
e dê graças a Deus
se você crê em Deus
encaminhe pros céus uma prece
e agradeça ao Senhor
você tem o amor
que MERECE!
Chico Buarque
se você crê em Deus
erga as mãos para os céus e agradeça
quando me conquistou
sem querer acertou na cabeça
eu sou tua alma gêmea,
sou tua fêmea, teu par, tua irmã
eu sou teu incesto
sou igual à você, eu nasci pra você
eu não presto, eu não presto
traiçoeira e vulgar
sou sem nome e sem lar
sou aquela
eu sou filha da rua
eu sou cria da sua costela
sou bandida, sou solta na vida
e sob medida pros carinhos teus
meu amigo
se ajeite comigo
e dê graças a Deus
se você crê em Deus
encaminhe pros céus uma prece
e agradeça ao Senhor
você tem o amor
que MERECE!
quinta-feira, 16 de julho de 2009
Labirintos
eu, Ariadne incansável
eu, Ariadne guerreira
eu, Ariadne
fui até o fim do labirinto
resgatar Teseu
e tomá-lo como marido
mas, ó lástima!
eis que chego tarde
e encotro meu Teseu
enamorado pelo Minotauro!
volto, resignada
padeço agora de labirintite...
ó alegre e nômade Dionísio!
só você para me curar
só seu vinho para me salvar
só seus braços entorpecedores
só seu canto embriagador
para me redimir
do olho do furacão
do atordoamento
de quem, em vão
construiu enormes castelos
nas areias da ilusão!
eu, Ariadne guerreira
eu, Ariadne
fui até o fim do labirinto
resgatar Teseu
e tomá-lo como marido
mas, ó lástima!
eis que chego tarde
e encotro meu Teseu
enamorado pelo Minotauro!
volto, resignada
padeço agora de labirintite...
ó alegre e nômade Dionísio!
só você para me curar
só seu vinho para me salvar
só seus braços entorpecedores
só seu canto embriagador
para me redimir
do olho do furacão
do atordoamento
de quem, em vão
construiu enormes castelos
nas areias da ilusão!
terça-feira, 14 de julho de 2009
Casamento
eu quero ser uma esposa
doce meiga e pura
que minhas palavras
saiam banhadas de leite e mel
que meus atos sejam sempre nobres
que meu toque seja leve e firme
e meus carinhos um bálsamo
para guerreiro ferido
que meu corpo seja
a fortaleza para a qual se retorna
e meus beijos
vinho entorpecedor
das más idéias e maus pensamentos
eu quero ser a esposa
pela qual se espera
uma vida toda.
eu quero um marido
que seja carinhoso
que seja forte e sensível
que saiba me conquistar a cada dia
a cada hora
a cada música
eu quero um marido
que saiba batalhar pelo que quer
que vá à luta
que seja generoso e sábio
que saiba me agitar
que saiba me acalmar
que me dê a mão
mesmo quando
não há
nada mais a fazer.
Adriana, 17 de junho de 2oo5
doce meiga e pura
que minhas palavras
saiam banhadas de leite e mel
que meus atos sejam sempre nobres
que meu toque seja leve e firme
e meus carinhos um bálsamo
para guerreiro ferido
que meu corpo seja
a fortaleza para a qual se retorna
e meus beijos
vinho entorpecedor
das más idéias e maus pensamentos
eu quero ser a esposa
pela qual se espera
uma vida toda.
eu quero um marido
que seja carinhoso
que seja forte e sensível
que saiba me conquistar a cada dia
a cada hora
a cada música
eu quero um marido
que saiba batalhar pelo que quer
que vá à luta
que seja generoso e sábio
que saiba me agitar
que saiba me acalmar
que me dê a mão
mesmo quando
não há
nada mais a fazer.
Adriana, 17 de junho de 2oo5
segunda-feira, 13 de julho de 2009
o não-dito
o não dito mora
do lado de fora
do pensamento
(pensar já é quase dizer)
o não dito mora
no oco obscuro
da garganta calada
no suspiro que brota
do coração contido
(já o dito pelo não dito
é o seu irmão
um rapaz peralta
muito brincalhão!)
do lado de fora
do pensamento
(pensar já é quase dizer)
o não dito mora
no oco obscuro
da garganta calada
no suspiro que brota
do coração contido
(já o dito pelo não dito
é o seu irmão
um rapaz peralta
muito brincalhão!)
sexta-feira, 3 de julho de 2009
ator doa, atriz dá...
vida que me atordoa
ator
doa
vivendo papéis
acadêmicos
acad
dac
endêmicos
(e a dac fora do ar...)
vencendo barreiras mentais
pra cumprir prazos e papeladas
e terminar
essa história
tão bem começada
de querer ser mestre
quando nem metrizo
minha propria loucura
mas quem sabe
um título
me aterre
a este planeta
de paz
e guerra
e a realidade
que me atordoa
e o corpo que padece
a mente que voa...
quero querer
agora só consigo
nada saber
(talvez já seja algo... who knows?)
ator
doa
vivendo papéis
acadêmicos
acad
dac
endêmicos
(e a dac fora do ar...)
vencendo barreiras mentais
pra cumprir prazos e papeladas
e terminar
essa história
tão bem começada
de querer ser mestre
quando nem metrizo
minha propria loucura
mas quem sabe
um título
me aterre
a este planeta
de paz
e guerra
e a realidade
que me atordoa
e o corpo que padece
a mente que voa...
quero querer
agora só consigo
nada saber
(talvez já seja algo... who knows?)
terça-feira, 30 de junho de 2009
meta morphos osis
e o processo se dá
dessa vez, lentamente
delicadamente
cuidadosamente
me des-visto de um amante latino
simulacro de representações antigas
fortemente arraigadas em meus sonhos
desejo nunca saciado
oni-ausência
solidão acompanhada
pra mergulhar nos braços
de um homem yin/yang
integrado
doce
delicado
sábio
presente
que me acalma à distância
só existindo
serenamente...
da louca ciumenta angustiada
me torno tranquila, alegre, aliviada
da corna infeliz mau-amada
me torno mãe mulher amiga amante realizada
de volta a mim
de volta ao começo
me livro do fim:
a - fim - nal.
dessa vez, lentamente
delicadamente
cuidadosamente
me des-visto de um amante latino
simulacro de representações antigas
fortemente arraigadas em meus sonhos
desejo nunca saciado
oni-ausência
solidão acompanhada
pra mergulhar nos braços
de um homem yin/yang
integrado
doce
delicado
sábio
presente
que me acalma à distância
só existindo
serenamente...
da louca ciumenta angustiada
me torno tranquila, alegre, aliviada
da corna infeliz mau-amada
me torno mãe mulher amiga amante realizada
de volta a mim
de volta ao começo
me livro do fim:
a - fim - nal.
segunda-feira, 29 de junho de 2009
Escultura
qual barro fresco
argila de modelar
meu corpo
vai se (re) formando em suas mãos firmes
qual obra de arte inacabada
vou me (re) fazendo
pelo brilho de seus olhos
este olhar amoroso e profundo
que contém o mundo
qual ser primitivo e tosco que sou
vou me fazendo gente
através da sua doçura
e da sua humanidade
qual flor acanhada
broto assustado e medroso
vou desabrochando aos poucos
ao som da delicadeza
guardada no timbre
de sua voz
mãos,
olhos,
voz,
e alma
de homem
que sabe
exatamente
o que quer.
(bendito seja este inverno
de 2009
frio, molhado e azul!)
argila de modelar
meu corpo
vai se (re) formando em suas mãos firmes
qual obra de arte inacabada
vou me (re) fazendo
pelo brilho de seus olhos
este olhar amoroso e profundo
que contém o mundo
qual ser primitivo e tosco que sou
vou me fazendo gente
através da sua doçura
e da sua humanidade
qual flor acanhada
broto assustado e medroso
vou desabrochando aos poucos
ao som da delicadeza
guardada no timbre
de sua voz
mãos,
olhos,
voz,
e alma
de homem
que sabe
exatamente
o que quer.
(bendito seja este inverno
de 2009
frio, molhado e azul!)
domingo, 28 de junho de 2009
Quase nada - Zeca Baleiro
http://www.youtube.com/watch?v=saw8Y1RJJtA
" (...)qual é a parte da tua estrada no meu caminho?
será um atalho?
ou um desvio?
um rio raso?
um passo em falso?
um prato fundo pra toda fome que há no mundo?
noite alta que revele
um passeio pela pele
dia claro, madrugada
de nós dois não sei mais nada (...)"
" (...)qual é a parte da tua estrada no meu caminho?
será um atalho?
ou um desvio?
um rio raso?
um passo em falso?
um prato fundo pra toda fome que há no mundo?
noite alta que revele
um passeio pela pele
dia claro, madrugada
de nós dois não sei mais nada (...)"
32 horas
32 horas sem sinal
32 horas sem notícia
32 horas
a sofreguidão e a voracidade
deram lugar a um torpor
uma paz sossegada
uma certeza conquistada
de que nada precisa ser pensado
só sentir essa calma
que acalenta a alma
almas separadas
palmas unidas
e uma onda rosa
morna e leve
feito algodão doce
e brisa
que inunda
sem tirar o ar
fazendo o peito bater compassado
sem acelerar
nem atropelar
e tampouco zabumbear
porque a paz que você traz,
seu moço
é coisa de deus
e de ninguém mais.
32 horas sem notícia
32 horas
a sofreguidão e a voracidade
deram lugar a um torpor
uma paz sossegada
uma certeza conquistada
de que nada precisa ser pensado
só sentir essa calma
que acalenta a alma
almas separadas
palmas unidas
e uma onda rosa
morna e leve
feito algodão doce
e brisa
que inunda
sem tirar o ar
fazendo o peito bater compassado
sem acelerar
nem atropelar
e tampouco zabumbear
porque a paz que você traz,
seu moço
é coisa de deus
e de ninguém mais.
sexta-feira, 26 de junho de 2009
Gonzaguinha - de volta ao começo...
"o menino
com o brilho do sol na menina dos olhos
sorri e estende a mão
entregando o seu coração
e eu entrego o meu coração
e eu entro na roda e canto as antigas cantigas
de amigo-irmão
as canções do entardecer
lumiar a escuridão
e é como se eu despertasse de um sonho que não me deixou viver
e a vida explodisse em meu peito com as cores que eu não sonhei
e é como se eu descobrisse que a força esteve o tempo todo em mim
e é como se, então, de repente, eu chegasse ao fundo do fim
de volta ao começo
ao fundo do fim"
com o brilho do sol na menina dos olhos
sorri e estende a mão
entregando o seu coração
e eu entrego o meu coração
e eu entro na roda e canto as antigas cantigas
de amigo-irmão
as canções do entardecer
lumiar a escuridão
e é como se eu despertasse de um sonho que não me deixou viver
e a vida explodisse em meu peito com as cores que eu não sonhei
e é como se eu descobrisse que a força esteve o tempo todo em mim
e é como se, então, de repente, eu chegasse ao fundo do fim
de volta ao começo
ao fundo do fim"
quarta-feira, 24 de junho de 2009
Espinozamente feliz!
Mais um dia alegre,
sem medo
nem esperanças
apenas mais um belo dia!
Ponto pra Spinoza que dizia:
“Os afetos da esperança e do medo
não existem sem a tristeza.
Com efeito, o medo é uma tristeza,
e a esperança não existe sem o medo.
Por isso, esses afetos não podem ser,
por si mesmos, bons,
mas apenas à medida que podem
refrear o excesso de alegria"
(Ética, 2008, p.321).
sem medo
nem esperanças
apenas mais um belo dia!
Ponto pra Spinoza que dizia:
“Os afetos da esperança e do medo
não existem sem a tristeza.
Com efeito, o medo é uma tristeza,
e a esperança não existe sem o medo.
Por isso, esses afetos não podem ser,
por si mesmos, bons,
mas apenas à medida que podem
refrear o excesso de alegria"
(Ética, 2008, p.321).
terça-feira, 23 de junho de 2009
Eu tava triste, tristinha...
mais sem graça que professor de cursinho no primeiro dia de aula
mais solitária que louva-deus preso do lado de dentro da janela de vidro
mas agora, eu recebi um comentário
era você, lá do rio claro
dizendo: "Borboleta, continue alegre
porque aqui tem quem te regue".
e o saci me girou de novo
e diabo não mais me carregue
e agora eu tô com uma vontade danada
de sair gritando pela sacada
e varar dançando a madrugada
e parar de dar trela pra idéia errada
prá ir te buscar lá na quebrada
e sair com você pela estrada!
mais solitária que louva-deus preso do lado de dentro da janela de vidro
mas agora, eu recebi um comentário
era você, lá do rio claro
dizendo: "Borboleta, continue alegre
porque aqui tem quem te regue".
e o saci me girou de novo
e diabo não mais me carregue
e agora eu tô com uma vontade danada
de sair gritando pela sacada
e varar dançando a madrugada
e parar de dar trela pra idéia errada
prá ir te buscar lá na quebrada
e sair com você pela estrada!
segunda-feira, 22 de junho de 2009
Mensageiro do Saci
moço doce e bonito
que veio até mim
mensageiro do saci
do saci cantadeiro
do saci companheiro
revirando o revorteio
me deixando em devaneio
esse poema é pra você
múltiplo ser de múltiplos nomes
moço doce e meigo
que me trouxe de volta
a mim
numa história sem começo
nem fim
que veio até mim
mensageiro do saci
do saci cantadeiro
do saci companheiro
revirando o revorteio
me deixando em devaneio
esse poema é pra você
múltiplo ser de múltiplos nomes
moço doce e meigo
que me trouxe de volta
a mim
numa história sem começo
nem fim
perdas e ganhos...
cada vez que te perco
é como seu eu ganhasse um pouco de mim
cada vez que te encontro
é como seu eu me desfizesse
pedra virando areia
que escorrem pelos vãos
de tuas palavras vãs
cada vez que me perco em ti
minha lucidez se esvai
por poros e lábios
liquidificando paixões
que nem sei se eu invento
ou se inventam a mim
por isso que vivo assim
a te perder
e te perdendo
vou aprendendo
a te esquecer
entendo finalmente
que lembrar
é um pouco morrer
por isso escolhi a vida
e o moço doce
com sabor de fruta mordida
por isso escolhi me ter
ao invés de te esperar
pra te (me) perder
é como seu eu ganhasse um pouco de mim
cada vez que te encontro
é como seu eu me desfizesse
pedra virando areia
que escorrem pelos vãos
de tuas palavras vãs
cada vez que me perco em ti
minha lucidez se esvai
por poros e lábios
liquidificando paixões
que nem sei se eu invento
ou se inventam a mim
por isso que vivo assim
a te perder
e te perdendo
vou aprendendo
a te esquecer
entendo finalmente
que lembrar
é um pouco morrer
por isso escolhi a vida
e o moço doce
com sabor de fruta mordida
por isso escolhi me ter
ao invés de te esperar
pra te (me) perder
5 sentidos
imagens, sons, texturas, sabores e perfumes
além da sensação de flutuar...
uma porta se abriu e eu passei
e agora
feito boba,
assisto dias azuis
de uma leveza fresca
atravessarem o que antes eram carvões e metais
uma porta se abriu
e não importa onde ela vai dar
se abriu
e eu passei
só isso.
além da sensação de flutuar...
uma porta se abriu e eu passei
e agora
feito boba,
assisto dias azuis
de uma leveza fresca
atravessarem o que antes eram carvões e metais
uma porta se abriu
e não importa onde ela vai dar
se abriu
e eu passei
só isso.
sábado, 20 de junho de 2009
Atropelamento de intensidades
intensidades me atravessam
qual trem de carga repleto de carvão
intensidades se densificam
em meu peito cansado
me sinto velha e frágil
fraca e doente
me sinto machucada
atropelada
intensidades em mim
sempre intensidades
às vezes é bom
e outras vezes, ruim.
qual trem de carga repleto de carvão
intensidades se densificam
em meu peito cansado
me sinto velha e frágil
fraca e doente
me sinto machucada
atropelada
intensidades em mim
sempre intensidades
às vezes é bom
e outras vezes, ruim.
quinta-feira, 18 de junho de 2009
me esvaindo...
chego ao fim do semestre
me esvaindo
glóbulos vermelhos liquidificam
e fogem de mim
me sinto fraca
de tanta judiação
da mente,
do corpo,
do coração
"eu quero a sorte de um amor tranqulilo"
e a coragem de ficar sem amores
enquanto o tranquilo não vem
"baixos teores"
ou só mais uma ilusão?
ai que preguiça de mim
e dessa minha natureza inquieta
queria dormir hoje
e acordar pedra amanhã
pra depois acordar areia
pra depois acordar sol
queria dormir pra sempre
só pra não ter
que decidir mais nada
só pra não ver essas lágrimas escorrendo
enquanto o peito corta
e o ventre sangra
queria só, não mais te querer
me esvaindo
glóbulos vermelhos liquidificam
e fogem de mim
me sinto fraca
de tanta judiação
da mente,
do corpo,
do coração
"eu quero a sorte de um amor tranqulilo"
e a coragem de ficar sem amores
enquanto o tranquilo não vem
"baixos teores"
ou só mais uma ilusão?
ai que preguiça de mim
e dessa minha natureza inquieta
queria dormir hoje
e acordar pedra amanhã
pra depois acordar areia
pra depois acordar sol
queria dormir pra sempre
só pra não ter
que decidir mais nada
só pra não ver essas lágrimas escorrendo
enquanto o peito corta
e o ventre sangra
queria só, não mais te querer
terça-feira, 16 de junho de 2009
Solteira?
acho que tou solteira
talvez até o sol me queira
já que sem sol só tem goteira
tem chuva na soleira
mas deve ter flor na floreira
e no meu cérebro tem besteira
na minha voz cantadeira
a banana da bananeira
e na semana tem canseira
acho que esse mestrado
me deixou assim de bobeira
caminhão sem freio descendo ladeira
pedra sonhando com britadeira
(cada louco delira à sua maneira)
talvez até o sol me queira
já que sem sol só tem goteira
tem chuva na soleira
mas deve ter flor na floreira
e no meu cérebro tem besteira
na minha voz cantadeira
a banana da bananeira
e na semana tem canseira
acho que esse mestrado
me deixou assim de bobeira
caminhão sem freio descendo ladeira
pedra sonhando com britadeira
(cada louco delira à sua maneira)
segunda-feira, 15 de junho de 2009
Será romantismo?
será romantismo querer se atracar a todo momento?
será frescura querer se beijar forte quando encontra?
será carência se incomodar quando o tempo pras outras é maior do que o tempo pra gente?
então sou tudo isso
talvez precise de um namorado
mais romântico
mais fresco
mais carente
talvez precise de alguém
que não me faça sentir tão sozinha
mesmo acompanhada
talvez,
maybe
pêut être
quem sabe?
quem não dá assistência...
será frescura querer se beijar forte quando encontra?
será carência se incomodar quando o tempo pras outras é maior do que o tempo pra gente?
então sou tudo isso
talvez precise de um namorado
mais romântico
mais fresco
mais carente
talvez precise de alguém
que não me faça sentir tão sozinha
mesmo acompanhada
talvez,
maybe
pêut être
quem sabe?
quem não dá assistência...
sexta-feira, 12 de junho de 2009
Meu namorado...
meu namorado
é um sujeito assustado
avoado
cansado
agitado
angustiado
meu namorado
eu queria ser a lêndia de seus cabelos
a pinta de seu rosto
eu queria morar
na curva de seu nariz
na dobra de seu cotovelo
no fundo de seu umbigo
só pra não sentir saudade
só pra ir com você
onde você fosse
só pra saber
se você é mesmo doce
meu namorado
me faz linda
me faz grandiosa
me faz gostosa
demorou pra eu decifrar
esse rio esse mar
de águas profundas
que ele tem no olhar
hoje sei que ele me ama
hoje vou quando ele me chama
hoje sou como ele me quer
ele, o meu homem
eu, a sua mulher
é um sujeito assustado
avoado
cansado
agitado
angustiado
meu namorado
eu queria ser a lêndia de seus cabelos
a pinta de seu rosto
eu queria morar
na curva de seu nariz
na dobra de seu cotovelo
no fundo de seu umbigo
só pra não sentir saudade
só pra ir com você
onde você fosse
só pra saber
se você é mesmo doce
meu namorado
me faz linda
me faz grandiosa
me faz gostosa
demorou pra eu decifrar
esse rio esse mar
de águas profundas
que ele tem no olhar
hoje sei que ele me ama
hoje vou quando ele me chama
hoje sou como ele me quer
ele, o meu homem
eu, a sua mulher
sábado, 6 de junho de 2009
Pedra sonhando com britadeira
robô sonhando com coração
criança sonhando com bicho papão
sofá sonhando com lençol
peixe sonhando com anzol
borboleta sonhando com rede
água sonhando com sede
eu sonhando com você e quem sabe quem
gente seca sonhando com nenem
rato sonhando com ratoeira
(cada ser tem sonhos à sua maneira)
criança sonhando com bicho papão
sofá sonhando com lençol
peixe sonhando com anzol
borboleta sonhando com rede
água sonhando com sede
eu sonhando com você e quem sabe quem
gente seca sonhando com nenem
rato sonhando com ratoeira
(cada ser tem sonhos à sua maneira)
sexta-feira, 5 de junho de 2009
OS ESTATUTOS DO HOMEM - Thiago de Mello
Artigo 1
Fica decretado que agora vale a verdade.
Agora vale a vida, e de mãos dadas, trabalharemos juntos pela vida verdadeira.
Fica decretado que agora vale a verdade.
Agora vale a vida, e de mãos dadas, trabalharemos juntos pela vida verdadeira.
quinta-feira, 4 de junho de 2009
Tributo às putas
profissão milenar
auxiliar de matrimônios
trabalhadora do amor e do prazer
eu prezo, respeito e admiro essas mulheres
que sempre existirão
e sempre deixarão suas marcas
nas almas dos homens-meninos
mas venho aqui
deixar minha advertência
àquelas, que,
se comportando como putas
não cobram
atrapalhando o comércio do sexo
e ainda por cima
confundem tudo
se apaixonando
esperando que o cara retribua
e encontre em seus corpos
as marcas de um grande amor
sem moralismos
não é questão de dar ou não na primeira noite
mas é algo que se aproxima mais
de atitude
de dignidade
de amor próprio
de saber amar e se fazer amar
sejamos putas para o homem amado
mas não esperemos nada
do que foi apenas putaria
e viva as verdadeiras putas!!!
auxiliar de matrimônios
trabalhadora do amor e do prazer
eu prezo, respeito e admiro essas mulheres
que sempre existirão
e sempre deixarão suas marcas
nas almas dos homens-meninos
mas venho aqui
deixar minha advertência
àquelas, que,
se comportando como putas
não cobram
atrapalhando o comércio do sexo
e ainda por cima
confundem tudo
se apaixonando
esperando que o cara retribua
e encontre em seus corpos
as marcas de um grande amor
sem moralismos
não é questão de dar ou não na primeira noite
mas é algo que se aproxima mais
de atitude
de dignidade
de amor próprio
de saber amar e se fazer amar
sejamos putas para o homem amado
mas não esperemos nada
do que foi apenas putaria
e viva as verdadeiras putas!!!
Ser corno (a)...
nunca pensei
que fosse necessária
tanta grandeza de alma
tanta delicadeza
tanta docilidade
tanta obediência à voz do coração
para ser corna
achava que fosse fraqueza
burrice
tontice
idiotice
coisas de gente sem opinião
suportar tal condição
mas é o contrário
é preciso ser fiel a si mesmo
para ser corno
é preciso
um amor maior que o mundo
e a certeza de que as outras são só as outras
e poderiam vir em outras formas:
pescaria, video games, cocaína, cerveja, maconha,
churrasco, futebol, aeromodelismo, moto, alpinismo,
baralho, corrida, internet, coleção de selos ou de borboletas...
ser corna é entender que o vício dele são as mulheres
não sei quanto tempo se pode suportar essa situação
já me debati, já parti e já voltei milhares de vezes
não é uma situação tranquila, feliz, plena de paz
mas é um exercício de amor
principalmente pra mim,
que nunca soube o que era amar de verdade.
que fosse necessária
tanta grandeza de alma
tanta delicadeza
tanta docilidade
tanta obediência à voz do coração
para ser corna
achava que fosse fraqueza
burrice
tontice
idiotice
coisas de gente sem opinião
suportar tal condição
mas é o contrário
é preciso ser fiel a si mesmo
para ser corno
é preciso
um amor maior que o mundo
e a certeza de que as outras são só as outras
e poderiam vir em outras formas:
pescaria, video games, cocaína, cerveja, maconha,
churrasco, futebol, aeromodelismo, moto, alpinismo,
baralho, corrida, internet, coleção de selos ou de borboletas...
ser corna é entender que o vício dele são as mulheres
não sei quanto tempo se pode suportar essa situação
já me debati, já parti e já voltei milhares de vezes
não é uma situação tranquila, feliz, plena de paz
mas é um exercício de amor
principalmente pra mim,
que nunca soube o que era amar de verdade.
terça-feira, 2 de junho de 2009
feminilidades...
como ser uma grande mulher
e conservar a meiguice?
como levantar a cabeça,
vencer obstáculos,
passar pelas portas que se abrem
e cultivar a docura?
como ser a companheira que acolhe e orienta,
a fortaleza que escora
e ainda assim conservar a mansidão?
"são questões das mais tinhosas":
diria o sertanejo
Eu, daki do meu canto,
digo que são poucas as que conseguiram
e rogo aos deuses
que eu possa,
um dia,
ser uma delas.
amém
e conservar a meiguice?
como levantar a cabeça,
vencer obstáculos,
passar pelas portas que se abrem
e cultivar a docura?
como ser a companheira que acolhe e orienta,
a fortaleza que escora
e ainda assim conservar a mansidão?
"são questões das mais tinhosas":
diria o sertanejo
Eu, daki do meu canto,
digo que são poucas as que conseguiram
e rogo aos deuses
que eu possa,
um dia,
ser uma delas.
amém
sábado, 30 de maio de 2009
Um pouco menos de paciência
eu tinha uma paciência infinita
e uma ansiedade maior ainda
engraçado
à medida em que a ansiedade diminui
a paciência também
parece que a paciência tá acabando
e a ansiedade também
não sei se é bom
não sei se é ruim
mas lá se vai minha paciência
e lá vem minha braveza
minha beleza
minha serenidade
acho que é bom
só dá dó dos folgados
e abusadores de minha paciência
tão mal acostumados...
e uma ansiedade maior ainda
engraçado
à medida em que a ansiedade diminui
a paciência também
parece que a paciência tá acabando
e a ansiedade também
não sei se é bom
não sei se é ruim
mas lá se vai minha paciência
e lá vem minha braveza
minha beleza
minha serenidade
acho que é bom
só dá dó dos folgados
e abusadores de minha paciência
tão mal acostumados...
quarta-feira, 27 de maio de 2009
Pós quali...
manhã de chuva
na quarta das feiras
semana cansada
de tantas semanas
de tanta viagem
de tanta leitura
de tanta reforma
de tanto namoro antigo
quarta que flui
e só quero terminar logo isso
e viver aqui nas pousadinhas que criei
e cozinhar sempre
e rir com amigos
e ter meu filho perto de mim
e meu namorado
longe e perto assim
bem do jeito que eu gosto
e finjo não gostar
de ser
eu sozinha
mas acompanhada
de todos os que eu amo
e me deixo amar...
na quarta das feiras
semana cansada
de tantas semanas
de tanta viagem
de tanta leitura
de tanta reforma
de tanto namoro antigo
quarta que flui
e só quero terminar logo isso
e viver aqui nas pousadinhas que criei
e cozinhar sempre
e rir com amigos
e ter meu filho perto de mim
e meu namorado
longe e perto assim
bem do jeito que eu gosto
e finjo não gostar
de ser
eu sozinha
mas acompanhada
de todos os que eu amo
e me deixo amar...
segunda-feira, 25 de maio de 2009
... sobre a paixão ( Foucault by Deleuze)
"De fato, uma terrível fraternidade de alma, algo que não é mais inteiramente humano (quem é ele? Um lobo...)" (Conversações, p. 144)
terça-feira, 19 de maio de 2009
do casulo ao ar...
numa intimidade aquática e leve
de amor em mim
rompi com o casulo terráqueo
e me deixei voar
pelas asas que só a metamorfose
do ar
poderia me conduzir
já não sou mais nós
sou eu e tudo
o todo indivísivell
que rompe com a ilusão
do dois
já não sou mais nós dois
sou o que você pedia
e eu, apegada aos sonhos
protelava pra depois
num ato de amor em mim
me fiz amor no mundo
e, indo tão razo
vislumbrei o fundo!
de amor em mim
rompi com o casulo terráqueo
e me deixei voar
pelas asas que só a metamorfose
do ar
poderia me conduzir
já não sou mais nós
sou eu e tudo
o todo indivísivell
que rompe com a ilusão
do dois
já não sou mais nós dois
sou o que você pedia
e eu, apegada aos sonhos
protelava pra depois
num ato de amor em mim
me fiz amor no mundo
e, indo tão razo
vislumbrei o fundo!
quarta-feira, 13 de maio de 2009
Ufa!
consegui
atravessei
fiz, finalmente, a passagem
saí da transcendência de um grande amor
e mergulhei
na luminosa imanência do Amor Grande
infinito
universal
Aprendi a nadar
no nada
a voar
no tudo
a Ser
desisti de existir
de viver na sobre-vivência
escolho a intra-vivência
onde não se vive a vida
mas se é vivido por ela
relaxei
e permito-me habitar
por devires
que me transportam
para onde
eu sempre estive
sem estar.
atravessei
fiz, finalmente, a passagem
saí da transcendência de um grande amor
e mergulhei
na luminosa imanência do Amor Grande
infinito
universal
Aprendi a nadar
no nada
a voar
no tudo
a Ser
desisti de existir
de viver na sobre-vivência
escolho a intra-vivência
onde não se vive a vida
mas se é vivido por ela
relaxei
e permito-me habitar
por devires
que me transportam
para onde
eu sempre estive
sem estar.
quarta-feira, 22 de abril de 2009
Dia do índio em Trindade, RJ
já não mais
Baco e suas bacantes
Tuco e suas amantes
Dionísio e seus desvarios
quero
amor feinho de Adélia Prado
amor de índio de Beto Guedes
sagrado, puro,
intenso na mansitude
movendo montanhas
"com todo cuidado, meu amor"
e
"sempre viver a seu lado
como o arco da promessa
no azul pintado pra durar..."
Abelha zumbindo
nossos segredos
nossos dias
serenos de alegrias.
(então tá. pode chegar!)
Baco e suas bacantes
Tuco e suas amantes
Dionísio e seus desvarios
quero
amor feinho de Adélia Prado
amor de índio de Beto Guedes
sagrado, puro,
intenso na mansitude
movendo montanhas
"com todo cuidado, meu amor"
e
"sempre viver a seu lado
como o arco da promessa
no azul pintado pra durar..."
Abelha zumbindo
nossos segredos
nossos dias
serenos de alegrias.
(então tá. pode chegar!)
Adeus, namorado nômade!
mais um adeus
que seja o derradeiro, enfim!
namorado nômade
se tornou
uma criança rebelde
projetando em mim
a mãe que educa e repreende
mas no final, como todas
acolhe, perdoa, entende
que nomadize em outras bandas
o tal moço
que faça de outras a sua mãe
e que eu, finalmente,
livre do desgosto
saiba ser filha, amiga, irmã, companheira
de um homem de verdade
e deste homem, a primeira
a ser amada,
e a derradeira
de todas as namoradas
que venha o amigo/irmão/companheiro
que me estenda a sua mão cansada
que me acolha sem luxo, sem dinheiro
e trilhe comigo esta estrada
que venha, enfim
este homem
que parta pra sempre o menino
brincando de viver em meu colo
me levando a fazer desatinos
que partam com ele
minhas dores
e todo esse medo de amar
que fique a paz e as cores
dos sítios por onde eu passar
e sigo assim, um pouco só
até que meu homem não venha
sem desespero, sem dó
pro meu fogo trazer a lenha
e que assim seja!
que seja o derradeiro, enfim!
namorado nômade
se tornou
uma criança rebelde
projetando em mim
a mãe que educa e repreende
mas no final, como todas
acolhe, perdoa, entende
que nomadize em outras bandas
o tal moço
que faça de outras a sua mãe
e que eu, finalmente,
livre do desgosto
saiba ser filha, amiga, irmã, companheira
de um homem de verdade
e deste homem, a primeira
a ser amada,
e a derradeira
de todas as namoradas
que venha o amigo/irmão/companheiro
que me estenda a sua mão cansada
que me acolha sem luxo, sem dinheiro
e trilhe comigo esta estrada
que venha, enfim
este homem
que parta pra sempre o menino
brincando de viver em meu colo
me levando a fazer desatinos
que partam com ele
minhas dores
e todo esse medo de amar
que fique a paz e as cores
dos sítios por onde eu passar
e sigo assim, um pouco só
até que meu homem não venha
sem desespero, sem dó
pro meu fogo trazer a lenha
e que assim seja!
terça-feira, 14 de abril de 2009
unicamp
a chuva fina vai lavando
minhas dores musculares
brotadas de tanto me sentar
diante desta máquina
de corrigir criar recriar
três anos de academia
meu cérebro deve ter crescido tanto...
tantos livros, tantos textos
hoje, esgotada, quieta no meu canto
aguardo o momento de qualificar
de ouvir, corrigir criar recriar
para enfim, encarar a defesa
com cara limpa, alma leve, beleza
e depois, sem nada a me segurar
esquecer das letras, de frente pro mar!
minhas dores musculares
brotadas de tanto me sentar
diante desta máquina
de corrigir criar recriar
três anos de academia
meu cérebro deve ter crescido tanto...
tantos livros, tantos textos
hoje, esgotada, quieta no meu canto
aguardo o momento de qualificar
de ouvir, corrigir criar recriar
para enfim, encarar a defesa
com cara limpa, alma leve, beleza
e depois, sem nada a me segurar
esquecer das letras, de frente pro mar!
domingo, 5 de abril de 2009
Namorado Nômade
eu sedentária
capturada pela idéia do matrimônio
biológica
aprisionada pela função procriar
tentando territorializar
um namorado nômade
fugidio
mas que nunca passou um dia
sem me telefonar
ser
desterritorilizado
polígamo
consolador
de ex-namoradas e amigas
que nunca deixou de deixar claro
que
se existisse um harém
era eu a preferida
ser múlitplo desperto
fingindo ser capturado
mas livre do capitalismo
pai solteiro
devir médico
angustiado
impossibilitado de exercer
o que já sabe fazer
mas faltando o pedaço de papel
dr. prone, o cirurgião
me fez mulher
me tirou da adolescência tardia
da ansiedade
da pressa
me fez mulher
adriano prone
cigano
latino-americano
desterritorializado
angustiado
insone
insano
de uma insanidade lúcida
sem precisar provar nada pra ninguém
esteticamente dotado de uma beleza
que inebria
que cativa
que encanta
um sorriso que transporta
uma ginga que faz com que toda mulher que toca
se sinta linda
desejada
gostosa
escorpiano
como eu
ararense
como eu
ex-marido de francesa
como eu, ex-mulher de francês
pai de pré-adolescente
como eu
filho mais velho
como eu
moreno
como eu
amante da mares, rios, represas e cachoeiras
como eu
querido da avó
como eu
adriano
como eu
se existir alma-gêmea
é ele
se existir companheiro ideal
é ele
hoje aprendi
me desterritorializei
mas é ele
o preferido de meu harém
só ele
me faz mulher
talvez chegue alguém
um dia
de outro jeito
num outro tempo
mais perfeito
mas por enquanto é ele
meu cafajeste encantador
que me ensinou
de uma vez por todas
o que é o amor
capturada pela idéia do matrimônio
biológica
aprisionada pela função procriar
tentando territorializar
um namorado nômade
fugidio
mas que nunca passou um dia
sem me telefonar
ser
desterritorilizado
polígamo
consolador
de ex-namoradas e amigas
que nunca deixou de deixar claro
que
se existisse um harém
era eu a preferida
ser múlitplo desperto
fingindo ser capturado
mas livre do capitalismo
pai solteiro
devir médico
angustiado
impossibilitado de exercer
o que já sabe fazer
mas faltando o pedaço de papel
dr. prone, o cirurgião
me fez mulher
me tirou da adolescência tardia
da ansiedade
da pressa
me fez mulher
adriano prone
cigano
latino-americano
desterritorializado
angustiado
insone
insano
de uma insanidade lúcida
sem precisar provar nada pra ninguém
esteticamente dotado de uma beleza
que inebria
que cativa
que encanta
um sorriso que transporta
uma ginga que faz com que toda mulher que toca
se sinta linda
desejada
gostosa
escorpiano
como eu
ararense
como eu
ex-marido de francesa
como eu, ex-mulher de francês
pai de pré-adolescente
como eu
filho mais velho
como eu
moreno
como eu
amante da mares, rios, represas e cachoeiras
como eu
querido da avó
como eu
adriano
como eu
se existir alma-gêmea
é ele
se existir companheiro ideal
é ele
hoje aprendi
me desterritorializei
mas é ele
o preferido de meu harém
só ele
me faz mulher
talvez chegue alguém
um dia
de outro jeito
num outro tempo
mais perfeito
mas por enquanto é ele
meu cafajeste encantador
que me ensinou
de uma vez por todas
o que é o amor
quarta-feira, 1 de abril de 2009
dia dói feito fogo de sol
noite acalma feito água e brisa
me perco em mim
nesse labirinto chamado peito
cheio de reentrâncias,
carências, despeito
cheio de promessas, doçuras, respeito
e viro puta me oferecendo
e volto à virgem me escondendo
queria ser isso mesmo
eu mesma assim
a múltipla
a nômade
a cigana linda
que sempre habitou em mim.
noite acalma feito água e brisa
me perco em mim
nesse labirinto chamado peito
cheio de reentrâncias,
carências, despeito
cheio de promessas, doçuras, respeito
e viro puta me oferecendo
e volto à virgem me escondendo
queria ser isso mesmo
eu mesma assim
a múltipla
a nômade
a cigana linda
que sempre habitou em mim.
terça-feira, 31 de março de 2009
Hec friend
I have a friend
such an old
and very new friend
He's been saving me from myself
from my closed mind
from my destructive side
he's is simply Hec
et il est un chouette mec
Je l'apelle: Hec Mec!!!
such an old
and very new friend
He's been saving me from myself
from my closed mind
from my destructive side
he's is simply Hec
et il est un chouette mec
Je l'apelle: Hec Mec!!!
sexta-feira, 27 de março de 2009
Querências...
novas querências
leves transparências
plenas essências
criando existências
velhas maneiras
de subir a ladeira
reclamar da canseira
reformar a cadeira
quando me re novo
me invento de novo
quebro a casca do ovo
e, leve, me movo
que seja assim!
cuidar de mim
proteção com alecrim
boca de carmim
um começo sem fim...
leves transparências
plenas essências
criando existências
velhas maneiras
de subir a ladeira
reclamar da canseira
reformar a cadeira
quando me re novo
me invento de novo
quebro a casca do ovo
e, leve, me movo
que seja assim!
cuidar de mim
proteção com alecrim
boca de carmim
um começo sem fim...
quinta-feira, 26 de março de 2009
Feito mandala
Feito मंडला
दे मुइतास पार्ट्स
एउ सौ तंतास
मुइतास
कुए में अतोर्दू
कुए में entorpeçओ
दे मीम मेस्मा
Feito मंडला
एउ सौ तंतास
ऐ सौ टीनीचा
प्लेन दे मीम मेस्मा
Feito मंडला
quarta-feira, 25 de março de 2009
Feito bruma...
Leve, feito bruma muito leve leve pousa...
e a brisa me ajeita de um lugar a outro
e o vento me carrega pra onde devo ir
e a vida se encarrega de me fazer seguir
e tudo flui
tudo se faz
nada urge
"tanto tempo faz!"
Espero sem esperar
tolero sem me irritar
e vivo sem te amar.
Vida boa, sem a sombra da desconfiança
confio no sol, no vento, no brilho das estrelas
confio em mim
e isso basta de um tanto...
drizotti
e a brisa me ajeita de um lugar a outro
e o vento me carrega pra onde devo ir
e a vida se encarrega de me fazer seguir
e tudo flui
tudo se faz
nada urge
"tanto tempo faz!"
Espero sem esperar
tolero sem me irritar
e vivo sem te amar.
Vida boa, sem a sombra da desconfiança
confio no sol, no vento, no brilho das estrelas
confio em mim
e isso basta de um tanto...
drizotti
terça-feira, 24 de março de 2009
sexta-feira, 20 de março de 2009
Banho de azul
hoje fui abençoada com um banho de azul
azul do céu do dia
nem claro, nem escuro: anil
azul do mar da grécia
azul da paz que é se abrir para o bom
para o leve
o conhecido
o revisto
o reencontrado
azul delícia
azul carícia
azul
azul do céu do dia
nem claro, nem escuro: anil
azul do mar da grécia
azul da paz que é se abrir para o bom
para o leve
o conhecido
o revisto
o reencontrado
azul delícia
azul carícia
azul
terça-feira, 17 de março de 2009
Olhos claros
O mar revolto dificulta minhas braçadas
de lá do fundo,
uma mão desesperada me chama para baixo
vou até lá
mas ele tem correntes nos pés,
âncoras, bolas de ferro
não consigo salvá-lo
e, pior
começo a me afogar também
começo a perder o ar
a perder a vontade
de reagir
a querer morrer
já que não consigo mais fazê-lo viver.
E então,
lentamente,
docemente,
entre reflexos azuis
mandalas e luzes,
surgem esses olhos
que transbordam compreensão
serenidade
me dizendo:
"Vem comigo, não morre não,
preciso de alguém como você,
assim, toda pintada no corpo,
toda doída na alma,
toda cansada de tanto salvar os outros,
toda esquecida de como salvar a si mesma,
toda envergonhada de tanto masoquismo"
Olhos, azuis acinzentados
guardados de perto por uma fadinha séria,
adulta em corpo de criancinha...
"Voltem sempre" ele disse.
E meu coração não se cansa de voltar
de voltar pro azul de seus olhos
que não me deixaram afogar
pra firmeza de seus braços
que
talvez
um dia
irão me segurar.
(pro moço desconhecido da Praça do Côco em Barão)
de lá do fundo,
uma mão desesperada me chama para baixo
vou até lá
mas ele tem correntes nos pés,
âncoras, bolas de ferro
não consigo salvá-lo
e, pior
começo a me afogar também
começo a perder o ar
a perder a vontade
de reagir
a querer morrer
já que não consigo mais fazê-lo viver.
E então,
lentamente,
docemente,
entre reflexos azuis
mandalas e luzes,
surgem esses olhos
que transbordam compreensão
serenidade
me dizendo:
"Vem comigo, não morre não,
preciso de alguém como você,
assim, toda pintada no corpo,
toda doída na alma,
toda cansada de tanto salvar os outros,
toda esquecida de como salvar a si mesma,
toda envergonhada de tanto masoquismo"
Olhos, azuis acinzentados
guardados de perto por uma fadinha séria,
adulta em corpo de criancinha...
"Voltem sempre" ele disse.
E meu coração não se cansa de voltar
de voltar pro azul de seus olhos
que não me deixaram afogar
pra firmeza de seus braços
que
talvez
um dia
irão me segurar.
(pro moço desconhecido da Praça do Côco em Barão)
domingo, 15 de março de 2009
Englishspeaker...
maybe if I write in english
I could learn how to be cool
how to be simple
how to be you...
maybe if I write in english
I could learn
how to know you
(to Hector Canadian Guy)
I could learn how to be cool
how to be simple
how to be you...
maybe if I write in english
I could learn
how to know you
(to Hector Canadian Guy)
sexta-feira, 13 de março de 2009
Chegando em terra firme...
Não preciso mais de amarras
meu coração se aquietou
retomo o leme da nau
que em mares revoltos navegou
senhora de meu destino
espero a noite chegar
nem pilantra, nem menino
chega um homem no lugar.
meu coração se aquietou
retomo o leme da nau
que em mares revoltos navegou
senhora de meu destino
espero a noite chegar
nem pilantra, nem menino
chega um homem no lugar.
terça-feira, 10 de março de 2009
O canto das sereias
Qual Ulisses amarrado no mastro do navio
me prendo a valores, ao cotidiano, aos mantras
aos amigos, ao sítio mineiro
para não me atirar ao mar da iniquidade novamente
inebriada como estou pelo canto das sereias da luxúria.
Desafio sobrehumano, esforço milenar
Caminho às cegas guiada pelas imagens e pela voz do sábio Joel.
E assim prossigo, clamando misericórdia aos céus
Esperando a hora de poder finalmente navegar
por águas tranquilas e seguras.
Dri loka cabocla
me prendo a valores, ao cotidiano, aos mantras
aos amigos, ao sítio mineiro
para não me atirar ao mar da iniquidade novamente
inebriada como estou pelo canto das sereias da luxúria.
Desafio sobrehumano, esforço milenar
Caminho às cegas guiada pelas imagens e pela voz do sábio Joel.
E assim prossigo, clamando misericórdia aos céus
Esperando a hora de poder finalmente navegar
por águas tranquilas e seguras.
Dri loka cabocla
quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009
Fórum Social Mundial - Belém
Me sinto densa
e etérica
tensa
e dispersa
Todos estes povos
toda essa gente
todos tão iguais
e tão diferentes
buscando um outro mundo
que escape deste hoje horrível
acreditando e lutando
por um outro mundo possível
Je me sens dense
et étérique
tense
et frenetique
tout ce monde
toutes ces gens
tellement pareilles
tellement differents
en chercheant un autre monde
qui échappe de celui horrible
en croyent et en se battent
pour un autre monde possible.
(pardon pour les fautes d'orthografie...)
e etérica
tensa
e dispersa
Todos estes povos
toda essa gente
todos tão iguais
e tão diferentes
buscando um outro mundo
que escape deste hoje horrível
acreditando e lutando
por um outro mundo possível
Je me sens dense
et étérique
tense
et frenetique
tout ce monde
toutes ces gens
tellement pareilles
tellement differents
en chercheant un autre monde
qui échappe de celui horrible
en croyent et en se battent
pour un autre monde possible.
(pardon pour les fautes d'orthografie...)
sexta-feira, 16 de janeiro de 2009
Memórias de Gonzaguinha...
e é como se eu despertasse de um sonho que não me deixou viver
e a vida explodisse em meu peito com as cores que eu não sonhei
e é como se eu descobrisse que a força esteve o tempo todo em mim
e é como se então, de repente, eu chegasse ao fundo do fim
de volta ao começo
ao fundo do fim...
(sem medo de ser solteira, curtinho estar sozinha...)
e a vida explodisse em meu peito com as cores que eu não sonhei
e é como se eu descobrisse que a força esteve o tempo todo em mim
e é como se então, de repente, eu chegasse ao fundo do fim
de volta ao começo
ao fundo do fim...
(sem medo de ser solteira, curtinho estar sozinha...)
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